A tireoide é levinha, pesa cerca de 20 grama mas é uma das maiores glândulas do
corpo humano, e é responsável pela produção dos hormônios que regulam o
metabolismo. Ela está por trás do ritmo do coração, aumenta a
disposição, atua no desenvolvimento dos bebês na gravidez e dá um empurrão no trânsito intestinal.
A glândula tem o formato de uma borboleta - que produz os hormônios T3
e T4, que são como combustíveis e botam nosso o nosso corpo para
funcionar a todo vapor.
Quando, por diferentes razões, seu
funcionamento é prejudicado, o organismo emite algum sinal. Os mais
comuns são cansaço excessivo ou sonolência, e se não tratado a tempo, o
quadro pode se agravar, prejudicando outros órgãos. Porém, nem sempre o
corpo sinaliza claramente quando a glândula está doente, como no caso do
aparecimento de tumores na região.
Entre os quatro tipos existentes de
câncer de tireoide o mais comum é o carcinoma papilífero, que acomete
85% dos pacientes, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia. Ele se desenvolve nas células foliculares (responsáveis
pela produção do hormônio tireoidiano) e têm crescimento lento. O tumor
pode aparecer em pacientes de qualquer idade, porém predomina entre os
30 e 50 anos. Um outro fator que prejudica o diagnóstico precoce da
doença está ligado à parte dos sintomas, que são comuns em outros tipos de doença - assim, o tumor pode passar despercebido pela pessoa e, algumas vezes, até pelo médico.
A apresentação mais comum
é o aparecimento isolado de um nódulo no pescoço. Sintomas como dor,
rouquidão ou mudança no timbre de voz (sem voltar ao normal com o
tempo), dificuldade para engolir, para respirar e tosse excessiva sem
estar relacionada à gripe estão associados a uma doença mais avançada e
estão presentes em menos de 5% dos pacientes.
MAIOR INCIDÊNCIA EM MULHERES
Segundo o Instituto Nacional do Câncer - INCA,
esperam-se oito mil novos casos da doença em brasileiras, ainda este
ano, o que significa ser o quinto tumor maligno mais comum em mulheres
no país. Segundo o instituto, esse tipo de câncer acomete as
mulheres com uma frequência de quatro a cinco vezes maior do que os
homens, o que é provavelmente relacionado ao efeito do estrogênio na
tireoide. Nas mulheres, a tireoide sofre muitas influências hormonais,
como por exemplo, durante a gravidez. Apesar de ainda não estar bem
estabelecido, alguns estudos apontam que o estrogênio pode regular o
crescimento e proliferação das células do câncer de tireoide
Além da questão hormonal
em mulheres, outros fatores podem contribuir para o desenvolvimento do
tumor na tireoide, em ambos os sexos. Entre eles, a exposição à radiação
acima do nível seguro, como por exemplo, profissionais que trabalham
com raios X e não se protegeram adequadamente e pacientes tratados com
radioterapia. Há ainda a herança genética, porém para a maioria dos
casos não há explicação.
Confira 10 coisas que você precisa saber sobre Tireoide.
1 – A tireoide atua no crescimento e
desenvolvimento de crianças e adolescentes, no peso, na memória, na
regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, na concentração, no
humor e no controle emocional.
2 – Quando ocorre o hipotireoidismo, o
coração bate mais devagar, o intestino não funciona corretamente e o
crescimento pode ficar comprometido.
3 – Diminuição da memória, cansaço
excessivo, dores musculares e articulares, sonolência, aumento dos
níveis de colesterol no sangue e depressão também são sintomas de
hipotireoidismo.
4 – No caso de hipertireoidismo, que
geralmente causa emagrecimento, o coração dispara, o intestino solta, a
pessoa fica agitada, fala demais, gesticula muito, dorme pouco, sente-se
com muita energia, embora também esteja cansada.
5 – Em um adulto, a tireoide pode chegar a até 25 gramas.
6 – Disfunções na tireoide podem
acontecer em qualquer etapa da vida e são de simples de se diagnosticar.
Além disso, elas podem ocorrer mesmo sem o bócio.
7 – O reconhecimento de um nódulo na
tireoide pode salvar uma vida. Por isso, a palpação da glândula é de
fundamental importância. Se identificado o nódulo, o endocrinologista
deve solicitar uma série de exames complementares para confirmar ou
descartar a presença de câncer.
8 – Estima-se que 60% da população
brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida. Mas isso
não significa que sejam malignos. Apenas 5% são cancerosos.
9 – Além de se parecer com uma
borboleta, a tireoide também lembra o formato de um escudo. Daí o
surgimento de seu nome: uma aglutinação dos termos thyreós (escudo) e
oidés (forma de).
10 – Algumas crianças podem nascer com
hipotireoidismo. Para detectá-lo, é realizado o chamado Teste do
Pezinho, que deve ser feito, preferencialmente, entre o terceiro e
quinto dia de vida do bebê.
FAÇA EM CASA
Fique de frente para o espelho, beba um
gole de água e observe o pescoço - a região do gogó. Conforme o líquido
desce, dá para perceber a glândula. Se aparecer uma bola ali, é sinal de
que pode haver um nódulo. Consulte o médico para tirar a dúvida.
TRATAMENTO
O tratamento consite e em alguns casos
no iodo radioativo. O tratamento depende de fatores de risco e da
extensão da doença, que indicarão a extensão da cirurgia e a necessidade
de terapias com o iodo radioativo, uma vez que a evolução da doença
costuma ser lenta e cerca de 95% dos casos são curáveis.
Existem também medicamentos indicados para os casos em progressão, que inibe a tirosina quinase. Estes medicamentos são uma alternativa em casos avançados da doença, na qual a glândula já não responde mais ao iodo. O tratamento principal é geralmente a cirurgia e, em seguida, sessões de iodoterapia. (Com informações do site Visa Saúde)
Nenhum comentário:
Postar um comentário