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| Lama acumulada no leito do Lago do Juá |
A
empresa EmCasa poderá receber multa que varia de R$ 5 mil a R$ 5 milhões
pelos danos ambientais causados pela construção do residencial Salvação
ao lago do Juá, assoreado pela enxurrada registrada na última
quarta-feira proveniente do interior das obras do projeto Minha Casa,
Minha Vida. O valor da multa será anunciada pela Semma (Secretaria
Municipal de Meio Ambiente) na próxima terça-feira(4).
Ontem, a
empresa foi notificada pela Semma para realizar obras emergenciais
urgentes para evitar que as águas pluviais cheguem ao Lago do Juá na
velocidade e na forma como aconteceu no último dia 29. Se os danos se
repetirem, a Semma vai embargar as obras do residencial Salvação,
informou o secretário municipal de meio ambiente, Podalyro Neto.
O
titular da Semma, disse em entrevista à reportagem de O Estado do
Tapajós, que ao avaliar o projeto foram identificados três principais
problemas: drenagem pluvial, arborização e paisagismo do empreendimento e
esgotamento sanitário. Naquela ocasião, a empresa foi notificada pela
Semma a fazer as correções necessárias.
“Hoje, é
indispensável que se faça obras emergenciais urgentes para evitar que a
drenagem pluvial atinja o lago de forma danosa em função de uma grande
precipitação pluviométrica. Os relatórios meteorológicos apontam que nós
teremos uma intensa pluviosidade na região agora e isso está ligado às
mudanças climáticas. Esse projeto tem que entender essas mudanças todas.
Antes do período chuvoso nós alertamos para adequações que precisam ser
feitas no projeto e agora precisa que se trate disso de maneira urgente
para que todos os esforços sejam feitos para preservar o Lago do Juá
que é a grande vítima dos projetos que estão no seu entorno. Antes foi a
Buriti e agora é o Minha Casa Minha Vida. Aquela coloração amarelada
que verificamos após a forte chuva do dia 29, também tem contribuição do
projeto da Buriti. Pra nós, a multa à empresa é uma coisa secundária.
Nosso interesse principal enquanto órgão ambiental é evitar que o
problema se repita”, asseverou Podalyro.
Segundo
Podalyro, a proposta que for apresentada pela empresa EmCasa para obras
emergenciais será avaliada por um conjunto de engenheiros da Seminfra. O
projeto deve contemplar o planejamento e o ordenamento da drenagem de
onde a obra começa até o destino final, que é o lago. Provavelmente, a
técnica a ser utilizada para contenção da água da chuva no residencial
Salvação é a de lagoas.

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