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sábado, 1 de fevereiro de 2014

Semma pode aplicar multa de até R$ 5 milhões por dano ambiental ao lago do Juá

Lama acumulada no leito do Lago do Juá
A empresa EmCasa poderá receber multa que varia de R$ 5 mil a R$ 5 milhões pelos danos ambientais causados pela construção do residencial Salvação ao lago do Juá, assoreado pela enxurrada registrada na última quarta-feira proveniente do interior das obras do projeto Minha Casa, Minha Vida. O valor da multa será anunciada pela Semma (Secretaria Municipal de Meio Ambiente)  na próxima terça-feira(4).

Ontem, a empresa foi notificada pela Semma para realizar obras emergenciais urgentes para evitar que as águas pluviais cheguem ao Lago do Juá na velocidade e na forma como aconteceu no último dia 29. Se os danos se repetirem, a Semma vai embargar as obras do residencial Salvação, informou o secretário municipal de meio ambiente, Podalyro Neto.

O titular da Semma, disse em entrevista à reportagem de O Estado do Tapajós, que ao avaliar o projeto foram identificados três principais problemas: drenagem pluvial, arborização e paisagismo do empreendimento e esgotamento sanitário. Naquela ocasião, a empresa foi notificada pela Semma a fazer as correções necessárias.

“Hoje, é indispensável que se faça obras emergenciais urgentes para evitar que a drenagem pluvial atinja o lago de forma danosa em função de uma grande precipitação pluviométrica. Os relatórios meteorológicos apontam que nós teremos uma intensa pluviosidade na região agora e isso está ligado às mudanças climáticas. Esse projeto tem que entender essas mudanças todas. Antes do período chuvoso nós alertamos para adequações que precisam ser feitas no projeto e agora precisa que se trate disso de maneira urgente para que todos os esforços sejam feitos para preservar o Lago do Juá que é a grande vítima dos projetos que estão no seu entorno. Antes foi a Buriti e agora é o Minha Casa Minha Vida. Aquela coloração amarelada que verificamos após a forte chuva do dia 29, também tem contribuição do projeto da Buriti. Pra nós, a multa à empresa é uma coisa secundária. Nosso interesse principal enquanto órgão ambiental é evitar que o problema se repita”, asseverou Podalyro.

Segundo Podalyro, a proposta que for apresentada pela empresa EmCasa para obras emergenciais será avaliada por um conjunto de engenheiros da Seminfra. O projeto deve contemplar o planejamento e o ordenamento da drenagem de onde a obra começa até o destino final, que é o lago. Provavelmente, a técnica a ser utilizada para contenção da água da chuva no residencial Salvação é a de lagoas.


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