
O extrato de uma planta amazônica pode ser eficaz para o tratamento da doença leishmaniose. Essa é a constatação da pesquisa de Raquel Raick, aluna do curso de Biomedicina da Universidade Federal do Pará e bolsista do Programa de Iniciação Científica – PIBIC, do CNPq. Juntamente com a professora Edilene Oliveira da Silva, do Instituto de Ciências Biológicas da UFPA, orientadora da pesquisa, Raquel foi uma das vencedoras do 8º Prêmio Destaque do Ano na Iniciação Científica, promovido pelo CNPq.
Dentre 43 inscritos para o Prêmio na área de Ciências da Vida, Raquel Raick foi a terceira colocada e será premiada com a quantia de R$ 3.300 , em cerimônia que acontece nesta terça-feira (19) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, durante a abertura da Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. O Prêmio também contempla as áreas de Ciências Exatas, da Terra e das Engenharias, Ciências Humanas e Sociais e Letras e Artes. Participaram 90 instituições, sendo 71 universidades e 19institutos de pesquisa.
Cura natural
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, estima-se que cerca de 200 milhões de pessoas estejam atualmente infectadas pelo protozoário Leishmania, o agente causador da doença, que é transmitida pela picada de um inseto denominado flebotomíneo. A pesquisa de Raquel investigou a ação do extrato da planta típica da flora amazônica, pertencente à espécie Physalis Angulata, no combate ao protozoário Leishmania amazonensis. Em geral, a leishmaniose provoca úlceras ou lesões na pele, podendo também afetar nariz, boca e garganta.
O tratamento da doença é extremamente tóxico, de modo que a descoberta da eficácia de uma planta, um elemento natural, para a reversão dos sintomas tornaria o processo de cura muito menos traumático. A intenção é que as pesquisas possibilitem a futura confecção de um medicamento manipulado. Essa é a primeira vez, em oito anos, que uma aluna da UFPA está entre os vencedores do Prêmio. (DOL, com informações da UFPA)
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