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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

CIMI denuncia desrespeito a populações tradicionais

Francisco Loebens, membro do CIMI
“Nunca os indígenas foram tão desrespeitados quanto hoje”. Essa é a afirmação de Francisco Loebens, membro do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), durante o segundo momento do painel amazônico dois realizado nesta terça-feira (29), no I Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal.
Segundo Francisco Loebens, atualmente são mais de 300 povos, com uma população de 896 mil 917 indígenas, sendo o povo Ticuna o mais populoso, localizado na região do Alto Solimões (AM), fronteira com Colômbia e Peru, com 46 mil pessoas.
Francisco destaca que apesar dos vários problemas envolvendo a questão, existem avanços na garantia de direitos das populações tradicionais a partir das primeiras discussões da Igreja, tendo como ponto de partida o documento de Santarém em 1972, período marcado por vários fatos de violência armada e a implantação dos denominados grande projetos.
O representante da CIMI aponta ainda como avanços a demarcação de terras indígenas - aproximadamente 20% da Amazônia brasileira -, a afirmação étnica, o crescimento populacional, o reconhecimento dos direitos dos povos indígenas, maior articulação das organizações sociais, o aumento da presença da Igreja junto aos povos indígenas, envolvimento dos leigos, além da criação de políticas de atenção à saúde e educação indígena.
No entanto, para Francisco Loebens no Brasil as ameaças continuam sendo, hoje, 443 empreendimentos que impactam as sociedades indígenas. “São projetos impostos, não se discute com estas populações se vai fazer ou deixar de fazer. O máximo que se acena é apresentar os impactos e suas mitigações. Nesse processo não se ouve os indígenas. Esse é um processo da América Latina. Se usa, inclusive, de má fé e aspectos grosseiros na forma de implementação dos grandes projetos”, ressaltou o representante do CIMI.

Texto: Júlio César Guimarães

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

VI Salão do Livro do Baixo Amazonas começa nesta sexta-feira, 1º

Andressa Malcher, na coletiva sobre o Salão do Livro

Está confirmada a realização do VI Salão do Livro do Baixo amazonas, no período de 1º a 10 de novembro. A abertura está prevista para às 19h, desta sexta-feira, dia 1º. O anúncio foi feito pelo secretário de Cultura, Nato Aguiar, durante entrevista coletiva. O evento será realizado no Espaço Pérola. Uma área de 3600 m² no Parque Municipal. Pelo menos 70 stands farão parte do complexo de exposição, com obras de 350 editoras. Participaram da coletiva, a coordenadora da Feira Pan-Amazônica, Andressa Malcher, a secretária municipal de Educação, Irene Escher, e o diretor da 5ª Unidade Regional de Educação (URE), Dirceu Amoedo.

Dentro do Espaço Pérola funcionará a Sala Pará, que vai receber a maior parte da programação acadêmica, e, também, encontros literários. Nesse espaço estarão presentes escritores nacionais como Ignácio de Loyola Brandão, Stella Maris Rezende, vencedora de três prêmios Jabuti, e Guilherme Fiúza. No âmbito regional participarão escritores como Amaury Braga Dantas, Maciste Costa, Daniel Leite e de Santarém: Anselmo Colares, Éfren Galvão e Cristóvam Sena, além da intervenção artística de Sebastião Tapajós. Escritores de Alenquer, Belterra e Oriximiná, também confirmaram presença.

Dentro do evento acontecerão três seminários. A referência deste ano será o estado do Pará, o grande homenageado na edição deste ano, com destaque para a frase de Rui Paranatinga Barata: “eu sou deste grande país que se chama Pará”. Paulo Maués e Maria Estela Pessoa vão compartilhar com os presentes os valores do homenageado, no dia 6 de Novembro.

Haverá um Sarau Literário, prosseguindo com as homenagens a Rui Paranatinga Barata, nascido em Santarém. Paulo Maués, Edson Berbere, além de Alfredo Reis, farão intervenções artísticas. Haverá também programação destinada aos jovens. O Papo Cabeça vai abordar o bullying, privacidade nas mídias sociais, aventura de ler na adolescência. O foco é o estímulo ao hábito da leitura.

A representante da Secretaria de Estado de Cultura, Andressa Malcher, lembra que o grande protagonista da feira do livro, é o próprio livro. “Porque não se comunicar com o público jovem, adulto e infantil, sobre a importância da leitura com base no crescimento, na multiplicação, e na transformação”, questiona.

Ela também anunciou que os professores efetivos do estado, receberão um crédito de R$ 200,00, que poderão ser usados na aquisição de livros. Da mesma forma, secretária de Educação, Irene Escher, anunciou que a Prefeitura de Santarém disponibilizou  R$ 244 mil para contemplar os 1.666 professores efetivos do município, cujo valor para cada um será R$ 150,00, utilizado para o mesmo fim.

O titular da pasta de cultura, Nato Aguiar, lembrou que o VI Salão do Livro do Baixo Amazonas, é uma parceria entre  Governo do Estado do Pará, e Prefeitura de Santarém,  através da SEMC, envolvendo as Secretarias afins, numa grande ação de governo, contando também com a participação de instituições educacionais e a OAB-Subseção de Santarém. “Nós vamos respirar literatura, intercalando com a música, com atrações cênico-musicais. Uma das mais conhecidas é a Companhia do Tijolo”, destacou Nato. (CCOM/PMS)

171 famílias belterenses são beneficiadas com títulos de terra

Prefeita Dilma Serrão e morador beneficiado com titulação
Cento e setenta e uma famílias do município de Belterra foram beneficiadas com a titulação de suas terras. O evento que aconteceu na casa noturna Recanto Paradise, dia 24, reuniu um grande número de pessoas, neste acontecimento histórico para o município.  

A entrega dos títulos além de resgatar um compromisso da prefeita Dilma Serrão com a população Belterrense fortalece o trabalho de regularização fundiária na região. A Prefeita de Belterra ressaltou, no evento, todo o processo de construção desta conquista “Este é o fruto do trabalho iniciado pelo Ex-Prefeito Geraldo Pastana que começou esse processo em 2006, através da inclusão de Belterra em um projeto do Estado para a Regularização Fundiária com Recursos do Governo Federal” explicou a Prefeita.

Em 2007, após o projeto ser cadastrado a Prefeitura recebeu o repasse de 1.700 hectares da União e em seguida a regularização fundiária da área.

Na cerimônia de entrega dos títulos estiveram presentes a prefeita Dilma Serrão; o secretário adjunto de Estado da Secretaria de Integração Regional, Desenvolvimento Urbano e Metropolitano Ronaldo Marins; Deputado estadual Antônio Rocha; Vereador de Belterra Willames Sousa; a Coordenadora de Planejamento Antônia Uchôa e o representante da sociedade civil e Conselho da Cidadania Ivanilson Porto.

II Workshop do Hospital Regional aborda “Prevenção e Controle de Infecções em Serviços de Saúde”

Nos dias 31 e 1º de Novembro o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) realizará em seu auditório o I Workshop sobre “Prevenção e Controle de Infecções em Serviços de Saúde” de Santarém. O evento, que será coordenado pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), conta com a parceria do 9ª Regional da secretaria de Estado de saúde Pública do Pará (SESPA) e a Divisão estadual de Controle de Infecção Hospitalar (DCIH-SESPA) e tem por objetivo promover a capacitação continuada dos profissionais de Saúde que integram os municípios do Oeste Paraense, orientando-os para um efetivo controle das infecções em serviços de Saúde.

Atualmente a infecção hospitalar também conhecida como infecção relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) é um frequente e grave problema que os hospitais em todo o mundo, enfrentam em seu dia-a-dia, e contribuem para o aumento da morbidade, letalidade, do tempo de internação e dos custos hospitalares. No Hospital Regional a SCIH, coordenada pela enfermeira Sheila Oliveira e pela médica infectologista Mariana Quiroga, realiza o trabalho de controle e prevenção da magnitude das infecções nosocomiais, visando garantir a segurança dos pacientes, extra muro HRBA o trabalho é realizado em outros hospitais afim de formar multiplicadores desta pratica segura.

O II Worshop realizado pelo HRBA abordará o tema: “Traçando Diretrizes para o Controle da Infecção Hospitalar” e terá a participação dos médicos infectologistas, Drª Vânia Brilhante (Belém), Dr Alexandre Souza (Manaus), além das enfermeiros Thiago Batista (Hospital saúde da Mulher – Belém), Dinamara Tuma e Priscila Almeida (DCIH-SESPA) e da equipe multiprofissional do HRBA, Drª Mariana Quiroga, enfermeiras Sheila Oliveira (SCIH) e Conceição Jennings (CME), e enfermeiro Nelison Mota (SESMT).

Ascom/HRBA

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Região Norte: Concursos ofertam 8 mil vagas

A chance do emprego  estável, seguro e sem precisar ir muito longe das fronteiras paraenses está bem ao alcance dos concurseiros de plantão. Nada menos do que 7.918 vagas estão sendo ofertadas nos estados da região Norte, com destaque para o concurso do Ministério Público do Acre, que oferta 20 oportunidades para o cargo de promotor de Justiça Substituto, com salários de até R$ 21.711.74. As inscrições foram prorrogadas até o dia 5 de novembro. O certame do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR), que oferta 33 vagas para os cargos de professor, com salários de até R$ 8.049,77, é outro que chama a atenção. As inscrições para este concurso vão até o dia 10 de novembro de 2013.

Em Palmas (TO), são nada menos do que 3.545 oportunidades, com salários iniciais de até R$ 2.838,11, para cargos de nível superior. As inscrições vão até 4 de novembro; as provas acontecem em 15 de dezembro. Voltando ao Acre, na Secretaria de Educação e Esporte do Estado há 2.599 vagas para cargos de nível médio e superior. Os salários iniciais chegam a R$ 2.010,99. As inscrições estão abertas até 10 de novembro de 2013 e as provas acontecem dia 24 do mesmo mês.

No Pará, atualmente há cinco concursos em andamento e com inscrições abertas. Só na Universidade Federal são dois editais divulgados. Um deles foi retificado e reaberto na semana passada, porém as inscrições acabam amanhã, 30. O certame é para provimento de vagas de técnico-administrativos, nos níveis médio e superior. Serão ofertadas 141 vagas, sendo 50 para cargos do quadro permanente da UFPA, no campus de Belém, e 91 distribuídas nos 11 campi do interior. 

Os cargos de nível médio têm vencimento no valor de R$ R$ 1.912,99, acrescido de auxílio alimentação no valor de R$ 373,00. A taxa de inscrição para esses cargos é de R$ 75. Já para os cargos de nível superior, a remuneração é de R$ R$ 3.138,70, acrescida de auxílio alimentação no valor de R$ 373,00. A taxa de inscrição para esses cargos é de R$ 85. O pagamento d
a taxa de inscrição poderá ser efetuado até o dia 31 de outubro de 2013. O outro concurso destina seis vagas para professor substituto, com salários de até R$ 4.649,65.

Vem de Itaituba, porém, o certame com maior número de vagas no Estado. A prefeitura local oferta 571 vagas para cargos de níveis fundamental completo, médio e superior. Os candidatos têm até as 23h59 do dia 02 de dezembro para se inscrever. A taxa de inscrição é de R$ 40,00 para cargos de nível fundamental, R$ 50,00 para os de nível médio e R$ 60,00 para os de nível superior. As provas serão realizadas dia 22 de dezembro. Os salários chegam a R$ 5.502,11, mais gratificações.
(Diário do Pará)

Cientistas descobrem primeiro mapa de resistência humana ao vírus da aids

Genebra, 29 out (EFE).- Um grupo de pesquisadores suíços elaborou o primeiro mapa de resistência humana ao vírus da aids, que mostra a defesa natural do corpo contra a doença, um avanço que poderá ter aplicações como a criação de novos tratamentos personalizados.

Cientistas da Escola Politécnica de Lausanne (EPFL, sigla em francês) e do Hospital Universitário do Cantão de Vaud, ambos na Suíça, publicam nesta terça-feira os resultados de seu estudo conjunto sobre a doença na revista científica 'eLife'.

Através da pesquisa com cepas do vírus HIV em um hospedeiro humano, os pesquisadores puderam identificar mutações genéticas específicas, um sinal que reflete os ataques produzidos pelo sistema imunológico.

Com esse sistema, os cientistas podem reconhecer as variações genéticas que ocorrem em algumas pessoas mais resistentes ao vírus e em outras mais vulneráveis, além de usar essa informação para criar tratamentos individualizados.

Com a ajuda de um supercomputador, os cientistas cruzaram mais de 3 mil mutações possíveis no genoma do vírus, com mais de 6 milhões de variações do genoma de 1.071 pessoas soropositivas.

'Tínhamos que estudar as cepas virais de pacientes que ainda não tivessem recebido nenhum tratamento, o que não é comum', explicou o pesquisador da EPFL, Jacques Fellay, através de um comunicado.
Por esse motivo, os cientistas basearam o estudo em bancos de amostras criados nos anos 1980, quando ainda não havia tratamentos eficazes contra o vírus.

Fellay detalhou que o corpo humano desenvolve sempre estratégias de defesa contra o HIV, mas infelizmente 'o genoma do vírus muda rapidamente, na razão de milhões de mutações por dia', o que dificulta a tarefa de combatê-lo.

Pará recebe mais 71 médicos cubanos para atuar no interior


Chegaram ao Pará, na noite do último domingo (27), 71 médicos cubanos de um total de 142 que vão trabalhar em 58 municípios e três Distritos Sanitários Especiais Indígenas no Estado. Os outros 71 chegam a Belém nesta segunda-feira (28), às 19 horas. A vinda dos profissionais estrangeiros é resultado do acordo de cooperação entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que integra o Programa Mais Médicos para o Brasil.

Na primeira etapa, o Pará recebeu 62 cubanos e um brasileiro formado na Argentina, além de 49 brasileiros, sendo que apenas 25 brasileiros permaneceram no Estado. Os novos médicos cubanos desembarcaram no aeroporto da Base Aérea de Belém. Entre as autoridades que receberam os profissionais estavam o secretário de Estado de Saúde Pública, Helio Franco, e a secretária de Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Esther Bemerguy.

Da base aérea, os médicos seguiram em ônibus militar para o Hotel Matan, em Ananindeua, onde permanecerão até quinta-feira, 31, participando de uma Programação de Acolhimento, que começará nesta terça (29. Será uma série de apresentações para que conheçam a situação epidemiológica do Estado, o funcionamento do sistema de saúde e o papel dos colegiados do Sistema Único de Saúde (SUS) e controle social.

Segundo Helio Franco, o importante do Programa Mais Médicos é que os profissionais, de fato, ficam fixos nos municípios, permitindo um bom trabalho na área de atenção primária, na qual 80% dos problemas de saúde podem ser resolvidos – finalidade dessa iniciativa do Ministério da Saúde. “Os resultados nos indicadores de saúde, como mortalidade, imunização e nutrição, por exemplo, só serão percebidos num prazo de um ano”, ressalvou o secretário.

Helio Franco alertou, ainda, que essa é uma medida emergencial e que o Brasil precisa investir para formar mais médicos brasileiros e fixá-los nos municípios.  “O governo do Estado está fazendo a sua parte, investindo em novos cursos de medicina e residências médicas nos municípios do interior do Pará, para fixar mais médicos nas cidades com maior carência”, acrescentou.

Segundo Esther Bemerguy, o governo federal considera que está alcançando o objetivo de reduzir a situação deficitária e melhorar a relação médico-habitante no Brasil, até alcançar a marca ideal de 1,8 médico por mil habitantes. “Estamos conseguindo aumentar a cobertura e atendimento na atenção básica”, afirmou a secretária.

O presidente do Colegiado de Secretários Municipais de Saúde, Charles Tocantins, disse que as informações que chegam dos municípios têm sido positivas e elogiosas à proposta do governo federal, já que a maioria dos gestores municipais tem dificuldade de manter médicos nos municípios. “Em Novo Repartimento, por exemplo, os médicos cubanos estão desenvolvendo um trabalho muito bom, com aproximação da comunidade, assim como em Pacajá, onde estão até cadastrando as famílias”, informou.

O médico cubano Orestes Corcho Perez, 48 anos, atuará no município de Igarapé-Miri, juntamente com mais duas colegas. Com experiência de 32 anos, ele disse que está com boa expectativa em relação ao trabalho no Pará. “Viemos para ajudar o povo brasileiro e cumprir a proposta da presidente Dilma de melhorar a saúde no Brasil”, disse, reconhecendo, por outro lado, que há muitos desafios a enfrentar e novas realidades para viver, apesar de já ter trabalhado no Haiti, Venezuela e Angola. (Agência Pará)

Tem alta paciente que recebeu 1º transplante de fígado do Pará


Após 30 dias de internação, teve alta, nesta segunda-feira (28), do Hospital Porto Dias, em Belém, o jovem Joabi Gomes, de 20 anos de idade, o paciente beneficiado com o primeiro transplante de fígado feito no Pará. Joabi sofria de cirrose biliar desde 2007, e somente o transplante era indicado para o seu caso.

O transplante foi feito na madrugada do dia 28 de setembro. O doador foi um jovem de 22 anos, vítima de acidente de motocicleta no município de Santarém, no oeste do Pará. Ainda bastante emocionado, Joabi preferiu não falar com a imprensa local, mas disse que em breve agendará um momento para contar sobre a experiência e falar da expectativa sobre a nova vida.

Em entrevista coletiva, o coordenador de cirurgia de transplante, Paulo Soares; o cirurgião Maurício Iasi; a hepatologista Márcia Iasi; a diretora clinica do Hospital Porto Dias, Rita Medeiros; a diretora técnica do hospital, Márcia Milene Ferreira; e a coordenadora da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO), Ana Cristina Beltrão, falaram sobre a evolução positiva do caso, que entrou para a história da medicina paraense.

Segundo Márcia Iasi, Joabi teve um pós-operatório bastante tranquilo. “Três horas após o procedimento, ele já respirava sem a ajuda de aparelhos na unidade de terapia intensiva (UTI). Ele chegou a ter um problema biliar e infecção pulmonar leve, que foram logo controlados, e sua recuperação foi muito boa”, informou a médica.

Segundo Márcia, Joabi permanecerá em Belém, pelo menos por três meses, tendo consulta médica semanal no Hospital Porto Dias, que é o tempo necessário para ocorrer a completa cicatrização do enxerto. “No entanto, ele precisará tomar medicamentos para evitar a rejeição e ter acompanhamento médico para o resto da vida”, explicou Márcia. “Apesar disso, poderá ter uma via normal”, acrescentou.

Acompanhamento - Um dos efeitos colaterais dos medicamentos é que afetam a imunidade do paciente, deixando-o mais susceptível às infecções, daí a necessidade do monitoramento médico permanente. “Precisamos saber se ele está tomando as medicações e seguindo todas as orientações”, complementou Márcia Iasi.

Maurício Iasi ressaltou que o transplante de fígado é um momento histórico para a medicina do Pará, porque se trata de um procedimento de altíssima complexidade, e esse caso demonstrou que a infraestrutura disponível e a equipe multidisciplinar do Hospital Porto Dias são eficientes para prestar esse serviço à população.

Até 29 de setembro, o Pará havia feito 155 transplantes de córnea e 29 de rim, mas havia580 pacientes na fila de esperando por uma córnea e 904 por um rim. Para ser doador de órgão, é preciso informar a família. A Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos funciona no Nível Central da Sespa.(Agência Pará)

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

5ª Caminhada de Prevenção ao Câncer de Mama atrai 2 mil pessoas em Santarém

No último final de semana milhares de pessoas vestiram se de rosa e ganharam as ruas da cidade com um único objetivo: Chamar a atenção de homens e mulheres para a prevenção do câncer de mama. Em sua 5ª edição a “Caminhada de Prevenção do Câncer de Mama”, evento que vem ganhando força e que este ano teve apoio maciço da Prefeitura de Santarém e da Câmara Municipal, que tornaram o evento oficial, reuniu, seus organizadores mais de 2 mil pessoas em prol da prevenção e do diagnóstico precoce. A Caminhada iniciou às 18h, porém desde às 16h um grande número de caminhantes iniciou a concentração em frente ao Amazônia Diagnóstico, de onde percorreram algumas das principais vias urbanas de Santarém até a Orla da Cidade, local que aconteceu o grande “Show Rosa” com cantores regionais.

Emocionada com a realização da 5ª Caminhada de Prevenção do Câncer de Mama, a coordenadora da ação pioneira em Santarém, Drª Nádia Alves, falou que 95% dos casos diagnosticados precocemente são curáveis. “A campanha este ano está maravilhosa com a adesão da classe empresarial, poder público, instituições de saúde e de toda a população. Isto mostra a preocupação com esse grave problema que afeta não apenas a saúde da mulher. Nós esperamos que a partir desta campanha que a população seja mais consciente. O câncer de mama tem cura. Ele só precisa ser diagnosticado precocemente” falou a coordenadora.

O Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), que é administrado pela parceria Governo do Estado e Pró-Saúde, novamente aderiu a causa e desde o dia 7 de outubro, quinta-feira, várias ações foram realizadas visando sensibilizar a população sobre a necessidade da prevenção. “O Outubro Rosa, em Santarém, está sendo um sucesso com várias atividades. Estaremos nesta terça-feira, dia 29, no Bairro do Mapiri fazendo a penúltima etapa das atividades, prestando atendimentos a 100 mulheres que estão na idade para fazer a mamografia como preconiza o Ministério da Saúde. No caso de algum diagnóstico e necessidade de tratamento, elas serão referenciadas diretamente para o  Serviço de Oncologia do Hospital Regional do Baixo Amazonas”, disse o Diretor Geral do HRBA, Hebert Moreschi.

Atualmente, o câncer de mama é uma das principais causas de mortalidade em mulheres no mundo. Porém, se engana quem pensa que o câncer de mama afeta exclusivamente mulheres.“Essa é uma ação importante voltada para as mulheres e também para os homens, porque o câncer de mama não é um privilégio só das nossas mulheres. Nós já  tratamos 153 pacientes com câncer de mama e destes, 147 são mulheres e 06 homens. Então, a prevenção e o diagnóstico precoce é sempre o melhor caminho para termos saúde e qualidade de vida”, finalizou o Diretor Geral do HRBA. (Ascom/HRBA - Foto: Ianderson Souza)  

Governo do Estado amplia serviços de saúde em Santarém

Na tarde da última quinta-feira (24), uma comitiva do Governo do Pará visitou em Santarém diversas obras executadas pelo Estado, entre elas as de construção da escola tecnológica, a ampliação do Colosso do Tapajós, o ginásio poliesportivo, com capacidade para cinco mil pessoas, e a ampliação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Hospital Regional do Baixo Amazonas, cuja capacidade será ampliada até dezembro deste ano.

A visita teve a presença dos Secretários especial de Proteção Social, Adnan Demachki, e de Obras Públicas, Joaquim Passarinho, além do coordenador dos Hospitais Regionais do Pará, Arthur Lobo, e do prefeito de Santarém, Alexandre Von. Participaram ainda da comitiva a diretora da 9ª Regional da Sespa, Eliane Miranda, e o diretor do Hospital Regional do Baixo Amazonas, Hebert Moreschi.
Joaquim Passarinho falou sobre a importância dos investimentos na área da saúde. “As obras da UTI estão bem avançadas, e até dezembro esperamos estar com tudo pronto. São obras essenciais para o Estado, para ampliar os serviços da área de saúde. Hoje a questão das UTIs é um limitador, e a duplicação vai melhorar o atendimento à população”, disse o secretário de Obras.
Com a conclusão das obras de ampliação, a população de Santarém e região oeste ganharão muito mais saúde. “Hoje temos 24 leitos, e vamos passar para quase 50. Isso vai possibilitar a oferta de serviços importantes, como cirurgias cardíacas e oncológicas e, no futuro, até mesmo transplantes de rim”, completou o secretário especial Adnan Demachki.
O secretário destacou que as obras não ficam somente no Hospital Regional. “Fomos até o Colosso do Tapajós, que está sendo ampliado, e ao ginásio poliesportivo, e verificamos duas obras que estavam paradas. Juntamente com o prefeito, vamos visitar o terreno do terminal. São muitas obras do governo do Estado aqui em Santarém”, enfatizou Adnan Demachki.
O coordenador dos Hospitais Regionais do Pará, Arthur Lobo, falou sobre os investimentos na área da saúde nos últimos dois anos. “Os Hospitais Regionais têm recebido mais investimentos. No Hospital Regional do Baixo Amazonas, implantamos uma série de novos serviços, e não foi só aqui. Em Marabá, estamos com a ampliação do Hospital Regional do Sudeste, com transplante renal e o aumento da hemodiálise”, disse.
Em Altamira, no sudoeste do Pará, o governo também executa obras, assim como em Itaituba. “Vamos iniciar as visitas a esses locais nesta sexta-feira (25). Esses serviços vão desafogar os atendimentos aqui do Hospital Regional do Baixo Amazonas. Em Breves, no Marajó, também há investimentos”, destacou Arthur Lobo, que ressaltou a importância dos investimentos na área da saúde, lembrando que mais dois hospitais regionais serão inaugurados, o de Itaituba e o de Icoaraci, em Belém.
O diretor geral do Hospital Regional do Baixo Amazonas, Hebert Moreschi, falou sobre a inauguração das obras da UTI. “Estamos muito felizes com o avanço das obras. É uma ampliação que vai resultar na ampliação dos procedimentos de alta complexidade. A UTI é um fator limitador para que façamos mais cirurgias oncológicas e nas áreas de neurocirurgia e traumatologia. Nossa expectativa é que as obras sejam concluídas na segunda quinzena de dezembro, com a inauguração em janeiro, e isso vai contribuir para viabilizar outros serviços, como é o caso dos transplantes e as cirurgias cardíacas”, enfatizou o diretor. (Ascom/HRBA)

1º Encontro de Bispos da Amazônia retoma discussões sobre hidrelétricas

O primeiro Encontro dos Bispos da Amazônia Legal, além de retomar o documento de Santarém, pretende fazer uma reflexão sobre as problemáticas da região, e a partir delas apontar alternativas para o trabalho missionário.

Um dos temas que terá destaque são os grandes projetos do governo Federal pensados para a Amazônia Legal, como estradas, hidrovias, portos e o mais polêmico: as hidrelétricas.

Segundo o procurador da República no Estado do Pará, Felício Pontes Júnior, todas as grandes obras pensadas para a Amazônia vão causar a morte de parte considerável da biodiversidade da região. “Isso está escrito em documentos técnicos produzidos, seja pelo Ibama, pelas empreiteiras responsáveis pelos estudos, seja pela Funai, o Ministério Público Federal (MPF) ou os cientistas que se debruçaram sobre os projetos. Algumas dessas espécies nem foram estudadas pela ciência. Outros impactos em Unidades de Conservação nem sequer foram levados em consideração nas pesquisas iniciais dos empreendimentos,” enfatiza.

Como exemplo, o procurador lembra a hidrelétrica de Belo Monte – que está sendo construída no município de Altamira, prelazia do Xingu, regional Norte II da CNBB. Lá, ele aponta vários impactos: “Belo Monte vai provocar a diminuição do lençol freático, a extinção de espécies, a provável destruição da floresta aluvial (florestas de várzea), e a explosão do número de insetos vetores de doenças”, denuncia.

O procurador reafirma ainda, que a usina compromete, de maneira irreversível, o atendimento das necessidades essenciais das gerações presentes e futuras, entre as quais os povos indígenas e as populações ribeirinhas. “Os documentos que embasam o licenciamento ambiental de Belo Monte apontam para a mesma conclusão: haverá mudança drástica na cadeia alimentar e econômica das populações indígenas e a remoção se tornará inevitável. Os dois povos diretamente afetados são os Juruna da Terra Indígena Paquiçamba, na margem esquerda do rio Xingu, e os Arara, da Terra Indígena Arara da Volta Grande, na margem direita. Mas também haverá impactos para as etnias Parakanã, Xikrin, Xipaia-Kuruaia, Kayapó e Araweté, e outras”.

Felício Pontes é enfático ao afirmar que Belo Monte é uma tragédia anunciada, pois os estudos promovidos por cientistas preocupados com a questão mostram um sério risco de prejuízos econômicos, sociais e ambientais gigantescos. “Conforme apontou o relatório de análise de riscos feito por especialistas e intitulado Megaprojeto, Megarriscos, Belo Monte também tem elevados riscos associados à incertezas sobre a estrutura de custos de construção do empreendimento, referentes a fatores geológicos e topológicos, de engenharia e de instabilidade em valores de mercado. Tem elevados riscos financeiros relacionados à capacidade de geração de energia elétrica, que é muito inferior à capacidade instalada. E há riscos associados à capacidade do empreendedor de atender obrigações legais de investir em ações de mitigação e compensação de impactos sociais e ambientais do empreendimento” enfatiza.

Ele destaca ainda que: “se não respeitarem a legislação, grandes obras em regiões carentes de atuação do poder público, como a Amazônia, podem causar grandes violações aos direitos humanos. A interferência não planejada em grandes áreas da região pode gerar a expulsão de povos tradicionais como ribeirinhos, extrativistas, indígenas e quilombolas, que muitas vezes têm dificuldades extremas para sobreviver fora da floresta, ambiente que ocupam há gerações”.

O Procurador da República Felício Pontes será um dos conferencistas do Painel Amazônico I, no dia 29 de outubro, no 1º Encontro dos Bispos da Amazônia Legal. Além de Belo Monte, ele vai destacar ainda as hidrelétricas pensadas para o rio Tapajós, na prelazia de Itaituba, oeste do Pará. (Ascom)