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| Colisões em geral são causadas por imprudência |
De acordo com o diretor geral do
Hospital Metropolitano, Paulo Czrnhak, um paciente que é vítima de
acidente de trânsito chega a custar R$40 mil por mês ao poder público no
Pará. “Custo médio para casos considerados graves e gravíssimos custam,
em média, R$40 mil por mês porque envolve várias especialidades. São
pacientes que recebem intervenções quase diárias e que passam, em média,
por quatro cirurgias durante sua recuperação. Esse é um dinheiro que
poderia estar sendo utilizado para a saúde preventiva, por exemplo”,
sinaliza, ao apontar que muitos desses pacientes acabam tendo a vida
interrompida por esses acidentes. “A maioria dos acidentes que recebemos
são acidentes de moto e que envolvem pessoas com idade média de 19 a 30
anos. São pessoas, geralmente, casadas, que têm filhos e que tem a
rotina interrompida”.
Referência em traumatologia na Região
Metropolitana de Belém, o hospital chega a ocupar 95% dos leitos em
períodos críticos como de feriados prolongados, onde o número de
acidentes nas estradas do Estado aumentam consideravelmente. “Realizamos
cerca de 900 cirurgias por mês, sendo 400 só de vítima de trânsito,
isso é muito”, aponta. “Desses pacientes, 70% conseguem voltar à
normalidade, 12% tem sequelas parciais e o restante fica com sequelas
permanentes. Em decorrência disso, trabalhamos com a família e
conscientizando para que os pacientes não voltem a ter aquelas atitudes.
É preciso que eles tenham consciência da gravidade de uma imprudência”.
Nas estimativas do Detran, o número de
mortos no Brasil chegam a mais de 300 por dia. Segundo o diretor geral
do departamento, Agostinho Soares, apenas no período de janeiro a maio
de 2013, já foram mais de cinco mil feridos no Pará. “A questão do
trânsito já se tornou banal, por isso temos feito um trabalho intenso no
setor de educação no trânsito. As pessoas focam no número de mortes,
mas esquecem que têm muitos que ficam com sequelas e essas pessoas geram
custos sociais enormes”, afirma, ao apontar as principais causas de
acidente nas estradas paraenses. “Normalmente esses acidentes acontecem
por falha do condutor, falta de atenção. São vários os fatores, mas a má
conduta do motorista é a principal causa”.
Contestação
Ainda que parceiros na campanha e lado a
lado na coletiva de imprensa convocada, o Detran questiona os dados
apresentados pelo Hospital Metropolitano a partir de dados da Secretaria
de Estado de Saúde Pública (Sespa). Em nota encaminhada por e-mail, o
Detran informou que “Os dados de 2012 não estão concluídos, mas a
análise estatística do Detran, diz ser impossível que os números de
mortos em 2012 tenham chegado a 4 mil óbitos”. A nota informa, ainda,
que o número de mortos no trânsito é estimado em 1.250 em 2012.
Fonte: Diário do Pará

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