Muitas pessoas veem o
início do ano como uma oportunidade de mudar, de fazer diferente, de se livrar
de alguns hábitos e buscar melhorias. As promessas na virada de ano são variadas: emagrecer, praticar
atividades físicas, trocar de emprego, ler mais, viajar. Parar de fumar também
é um juramento recorrente entre homens e mulheres de diferentes faixas etárias.
Um alerta para ajudar estas
pessoas a cumprirem este compromisso com elas próprias é que cerca de 4.720
substâncias tóxicas existentes na fumaça do cigarro trazem riscos à saúde do
fumante, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Além disso, o órgão divulga
que 90% dos casos de câncer de pulmão estão relacionados ao uso de derivados do
tabaco. Para se ter uma ideia, no final do ano passado foi apresentada uma
estimativa de 576.580 novos casos de câncer no Brasil em 2014, sendo que
somente para o câncer de pulmão a previsão é de 27.330 ocorrências (16.400 em
homens e 10.930 em mulheres).
Apoio – Para estimular os
funcionários a abandonarem este vício, a Alcoa, mineradora que atua em Juruti,
no oeste paraense, está trabalhando na campanha “Pare de Fumar” desde o mês de
setembro do ano passado. De acordo com a médica Renata Pinto, coordenadora do
serviço médico da empresa, o programa busca avaliar, dar orientações e
acompanhar aqueles que decidem acabar com essa dependência. “Queremos contribuir
com a melhoria da qualidade de vida dos nossos funcionários, seus familiares e
do próprio meio ambiente. O fumo não agride apenas quem fuma: agride também
quem está em volta, o chamado ‘fumante passivo’, e o meio ambiente, pois o ato
de fumar libera várias substâncias nocivas”, explica a médica. “Além disso, é
um incentivo financeiro, pois o dinheiro que seria gasto na compra de cigarros será
útil para investir em outra coisa”, complementa.
A participação dos
funcionários na campanha é totalmente voluntária. Com encontros semanais, eles
são avaliados pela equipe médica, que passa a acompanhá-los e orientá-los.
Aqueles que necessitam de maior intervenção recebem medicamentos específicos
para ajudar a parar de fumar. “A adesão está começando e vamos persistir.
Levamos as reuniões nos setores onde identificamos um grande número de fumantes
para incentivá-los a eliminar este hábito”, disse Renata. “Mas é importante
frisar que quem quer parar de fumar deve sempre buscar um acompanhamento
médico”, ressalta.
O tabaco zero é um dos
pilares do Programa Alcoa Bem-Estar, desenvolvido pela empresa desde o ano
passado em Juruti, para incentivar a melhoria da qualidade de vida por meio de
quatro pilares: tabaco zero, alimentação saudável, ser ativo e ter equilíbrio.
Benefícios - Ao parar de fumar, o corpo
recebe benefícios constantes, como melhora na respiração, na pressão sanguínea
e pulsação, diminuição no risco de sofrer infarto, derrame cerebral, bronquite
crônica, enfisema pulmonar e em desenvolver câncer de pulmão. Seguir uma
alimentação saudável e uma rotina de exercícios também ajuda na luta contra a
dependência, bem como evitar lugares que concentram fumantes.
De acordo com o INCA,
existem duas maneiras de parar de fumar: a parada imediata, cessando de uma só
vez o contato com o cigarro; e a parada gradual, reduzindo o número de cigarros
ao longo do dia. Fumar cigarros com baixos teores não resolve o problema. Em
qualquer caso, a orientação médica é imprescindível, pois somente um médico
pode avaliar a utilização do método correto para ajudar o paciente a parar de
fumar. Já existem medicamentos e programas anti-tabagismos ligados ao
Ministério da Saúde e vinculados às prefeituras.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde
(OMS), o tabagismo já matou mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo.
Monóxido de carbono, nicotina e cádmio, que é radioativo e está presente nas
baterias de carros, são algumas das substâncias tóxicas da fumaça do cigarro.
Essas substâncias vão diretamente para os pulmões, deixando-os expostos a 43
substâncias cancerígenas. E a exposição à nicotina, ainda que mínima, pode
causar dependência. A nicotina é encontrada em todos os derivados do tabaco e
age nas células do sistema nervoso central. Além dos malefícios que o próprio
cigarro causa também se observa um aumento na ocorrência de outras doenças como
hipertensão (pressão alta), doenças respiratórias, doenças cardiovasculares,
infarto, bronquite e enfisema pulmonar.
Fonte: Ascom/Alcoa
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