A Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (SEMAB) fez uma análise positiva do primeiro ano de instalação do Projeto Tanque-rede que busca incentivar a piscicultura na região, proporcionando aos ribeirinhos opções de crescimento da produção familiar e rentabilidade nas comunidades.
Até agora foram construídos 24 tanques-redes em 04 comunidades: Maripá (Rio Tapajós), Costa do Aritapera (Rio Amazonas), Vila Brasil e Anã (Rio Arapiuns). As espécies de alevinos colocados nesses tanques são tambaqui e tambatinga (híbrido do tambaqui e pirapitinga).
O projeto visa acompanhamento direto do desenvolvimento dessas espécies por 12 meses. A equipe que administra os tanques é constituída por biólogos, engenheiros de pesca e técnicos, que atuam nos diversos órgãos que firmaram parceria para execução do projeto: EMATER, Colônia de Pescadores Z -20, SAGRI, SEPAq, ADEPARÁ e ISAM. Após o prazo previsto para estudos, 12 meses, os coordenadores realizaram a 1ª comercialização (despesca) da produção.
A comunidade privilegiada foi Vila Brasil. Cerca de 62 famílias participaram do processo de venda de 500 peixes, além da oportunidade de degustação do pescado, mantido somente com ração.
Para o titular da SEMAB, Osmando Figueiredo, o Projeto é uma prova de que a união dos governos federal, estadual e municipal pode transformar a realidade de comunidades carentes. “Os resultados são uma demonstração da viabilidade da iniciativa. Temos peixes de 2 kg ou mais. Hoje já se pode dizer que a piscicultura é uma realidade. Acreditamos que também é possível integrar os grandes criadores a esse sistema de produção, aumentando a oferta e potencializando o setor”.
Segundo o secretário, a parcela da comunidade de pescadores envolvidos neste sistema de criação, inicialmente, será pequena, entretanto ele acredita que, com o passar do tempo, e mediante as práticas adquiridas, deverá tornar-se cada vez maior, o que certamente virá reduzir a pressão sobre os estoques de peixes nativos e dará suporte econômico aos pescadores durante o período do defeso.
Para o Leonardo Souza, comunitário da Vila Brasil, o projeto é fundamental para assegurar a sustentabilidade das famílias ribeirinhas. “Esses peixes nos garantem fácil alimentação, pois, quando estamos no período da seca, aqui no rio Arapiuns, e ainda no período do defeso, torna-se difícil conseguir o que comer”, resumiu.
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