O diretor-executivo da Polícia Federal, Romero Menezes, número dois na hierarquia da instituiçao, foi preso na manhã desta terça-feira (16) por suspeita de advocacia administrativa. Ele é investigado por ter favorecido o irmão José Gomes de Menezes Júnior, que também já foi preso nesta terça-feira, e que tem uma empresa de serviços gerais e vigilância.
A prisão foi um desdobramento da Operação Toque de Midas, que ocorreu em julho deste ano e que investiga indícios de que empresas do empresário Eike Batista podem ter infrigido a lei de licitações durante processo de concessão de uma estrada de ferro no Amapá. A empresa de José Menezes prestou serviços a Eike Batista. O número dois da polícia federal pediu afastamento. Ele recebeu voz de prisão do diretor-geral da Polícia Federal Luiz Fernando Correa, por volta das 10h desta manhã. No momento da prisão, estava acompanhado do diretor de inteligência policial Daniel Lorenz e do diretor de combate ao crime organizado Roberto Troncon, que assume temporariamente a diretoria executiva da polícia. Mais uma pessoa foi presa e sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Macapá (AP), Belém (PA) e em Brasília (DF). Buscas foram feitas na casa do diretor executivo Romero Menezes, no seu gabinete na Polícia Federal e na Secretaria Nacional de Segurança Pública no Ministério da Justiça.
As prisões são temporárias, duram cinco dias e podem ser prorrogadas por mais cinco. O delegado Romero deve ser levado à carceragem Superintendência da PF em Brasília, onde ficará sozinho em uma cela especial, já que é Policial Federal. Romero Menezes já prestou depoimento ao corregedor-geral da PF José Ivan Guimarães Lobato. Será aberto um processo disciplinar para investigar a participação do policial nas fraudes.
Com informações do G1
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