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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Estudos mostram que altas doses de fitoterápicos podem causar mutações

Mesmo para medicamentos “naturais”, supostamente “sem contra-indicações”, ainda vale a regra estabelecida pelos antigos gregos: a diferença entre remédio e veneno é apenas de dose. Essa é a principal conclusão de trabalhos apresentados durante o 54. Congresso Brasileiro de Genética, que termina nesta sexta (19) na capital baiana.

Pesquisadores que estudam produtos da farmacopéia popular brasileira, como própolis, casca de cajueiro e alecrim-do-campo, mostraram que, em doses altas, esses remédios podem causar mutações potencialmente perigosas no DNA. Em doses pequenas, no entanto, há o efeito oposto: a proteção contra danos no material genético. “A única coisa que a gente pode recomendar é cautela. Essa coisa de ficar tomando chá, chá e mais chá não é garantia nenhuma de saúde”, disse a pesquisadora Denise Crispim Tavares, da Universidade de Franca (interior paulista).

Em sua apresentação no congresso, Ilce Mara de Syllos Cólus, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no Paraná, explicou a razão básica para ficar com o pé ligeiramente atrás em relação a supostas curas miraculosas envolvendo chás e extratos de plantas: os vegetais não foram simplesmente feitos para serem comidos ou virarem remédio. “Todas as plantas produzem os chamados metabólitos secundários, substâncias produzidas como defesa contra predadores que também podem ter efeitos negativos sobre o organismo humano”, lembra ela.

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