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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ex-vigilante que matou esposa é condenado pelo Tribunal do Júri


O ex-vigilante Carlos Alberto Mota de Jesus, 40 anos, foi condenado ontem, 23, pela maioria do Conselho de Sentença, por assassinar sua ex-companheira Maria Ieda Figueira da Costa, em 01/09/1992, acatando a tese do promotor Rodrigo Aquino (Homicídio Simples - art. 121, caput, do CPB). Carlos Alberto confessou que matou a companheira, entretanto disse que tentou fazer uma brincadeira com seu revólver calibre 38 e este disparou atingindo-a no rosto. À época, o réu era vigilante e atualmente trabalha como enfermeiro na cidade de Manaquiri, no Amazonas.

A defesa, através dos advogados Antenor Lavor Filho, Eduardo Fonseca e Cinthia Pingarilho, pediu a desclassificação do crime de Homicídio Doloso para Homicídio Culposo, mas não convenceu os jurados. Ao final, o juiz Gérson Marra Gomes aplicou a pena contra o réu de 08 anos, 04 meses e 24 dias, em regime fechado. Não foi decretada sua prisão, por ter respondido ao crime em liberdade. A defesa deve recorrer da sentença.

Ao ler a sentença, o juiz destacou que a vítima mais importante do caso foi a filha do casal, que perdeu a mãe em definitivo e deixou de ter convívio social com o pai, depois da tragédia. O magistrado apelou à família da jovem, hoje com 18 anos, que tente aplicar o perdão e aproxime o réu de sua filha, pois este perdão liberta muito mais a quem perdoa. Como exemplos, citou o perdão de Cristo à humanidade quando morria na cruz e também o perdão de Estevão a Saulo de Tarso, que depois viria a se chamar Paulo, propagador do cristianismo.

O Tribunal do Júri da 10ª Vara Penal volta a se reunir na próxima terça-feira, 28/09, às 08h00, quando será julgado o sargento da PM Carlos Alberto Batista de Oliveira, acusado de assassinar com tiros de revolver o professor da rede estadual Vicente Antonio Miranda da Mota, crime ocorrido em 04 de setembro de 1993. O promotor Rodrigo Aquino voltará a atuar pelo Ministério Público, enfrentando desta feita a advogada Noemi Coelho. (João Georgios Ninos - Analista Judiciário e Jornalista)

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