A família do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto pela polícia londrina em 2005, pediu nesta sexta-feira (12) ao governo britânico que suspenda sua política de "disparar para matar" e anunciou que vai pedir uma revisão judicial do caso. Um porta-voz da família disse em entrevista em Londres que os advogados da família vão pedir uma revisão da ordem do juiz do caso, Michael Wright, que proibiu os jurados de dar um veredicto de "homicídio ilegal". Nesta sexta, o júri do caso anunciou sua deliberação no inquérito que apura a morte do brasileiro, dando um veredicto "aberto" ou inconclusivo, não se pronunciando sobre a responsabilidade da polícia londrina na morte do brasileiro.
O júri também refutou a versão da polícia londrina em vários pontos de sua versão, no que foi considerado uma derrota para a Scotland Yard. Ele respondeu 'não', por exemplo, à pergunta sobre se o agente da Scotland Yard que matou Jean Charles gritou as palavras "policial armado" antes de disparar, como havia afirmado à corte em seu depoimento.Ou seja, a decisão mostra que os jurados não estão certos sobre as circunstâncias da morte de Jean Charles, baleado pela polícia durante uma ação antiterrorismo no metrô de Londres em 2005.
A família do brasileiro criticou o processo e disse que o inquérito foi uma tentativa de acobertar o caso. Em comunicado, eles acusaram o juiz Michael Wright de não ter conduzido um processo "justo e imparcial".
Do G1
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