A imprensa da Grã-Bretanha, a nação mais ligada politicamente aos Estados Unidos, elogiou o resultado das urnas pela oportunidade de mudança que o voto dos americanos representa para o mundo. Os jornais apostam no reforço da histórica amizade entre os dois países. O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, parabenizou Barack Obama e lembrou que uma de suas principais missões será trabalhar pela solução da atual crise econômica mundial. Brown afirmou que já tem encontro marcado com Obama: será no próximo dia 15, em Washington, quando líderes políticos de todo o mundo vão discutir caminhos para tirar o mundo do sufoco financeiro.
França - A França recebeu a vitória de Barak Obama como uma oportunidade de reconciliação entre dois povos extremamente ligados pela história, mas que tinham se afastado durante os anos Bush. A França se opôs firmemente à invasão do Iraque. Bush e Sarkozy já tinham começado uma reaproximação, mas a mensagem do presidente francês a Obama deixa claro o sentimento francês. “Sua eleição levanta na França, na Europa e no mundo inteiro uma imensa esperança: a de uma América aberta, solidária e forte, que novamente mostrará o caminho, junto com seus parceiros, pela força do exemplo e a adesão a seus princípios”, diz Sarkozi na mensagem. O francês encerra a mensagem dizendo: “Aceite o apoio da França e o meu apoio pessoal”.
Itália - Amigo de Bush, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, não comemorou a vitória de Barack Obama; mas a oposição italiana vai fazer festa na quarta-feira à tarde no Panteon, em Roma. Grande parte do país aposta na evolução das relações transatlânticas e vê com simpatia a disponibilidade de Obama de juntar-se ao resto do mundo para combater os problemas climáticos. Entre os italianos, existe o receio de que Barack Obama peça mais soldados do país para o Afeganistão e o temor de que uma possível política comercial protecionista possa se tornar incômoda para a Itália e outros países europeus.
Oriente Médio - Em Israel, há muitas dúvidas sobre o futuro governo americano. Barack Obama vai mesmo retomar o diálogo com um inimigo declarado do país, o Irã? Vai pressionar Israel a fazer concessões aos palestinos, incluindo a desocupação da Cisjordânia e de parte de Jerusalém? O comunicado oficial do governo israelense é cheio de elogios e de otimismo. Numa carta enviada a Barack Obama, o presidente Shimon Peres disse: “O mundo precisa de um grande líder. Está em suas mãos e em nossas esperanças. Deus o abençoe”.
América do Sul - Na Argentina, a presidente Cristina Kirchner enviou uma mensagem felicitando o novo presidente Americano e desejando sorte a Barack Obama. A Colômbia reiterou a disposição de continuar trabalhando em temas de interesse comum, principalmente o combate ao narcotráfico – ainda que, para analistas colombianos, o presidente Álvaro Uribe deve entrar em um período de luito por causa da estreita ligação entre ele e o presidente Bush, ambos conservadores. Já os governos da Venezuela e da Bolívia, que recentemente expulsaram os embaixadores americanos, vêem a eleição de Barack Obama como um passo que vai melhorar as relações entre seus países e os Estados Unidos.
Quênia - Foi dia de festa e feriado nacional no Quênia. A festa foi especialmente alegre no vilarejo de Coguelo, onde o pai de Obama nasceu. O filho do senhor Barack Hussein Obama é idolatrado no Quênia desde que ele se candidatou ao Senado americano, em 2004.
Japão - No Japão, a cidade chamada Obama teve uma festa tipicamente havaiana – no ritmo do hula-hula, dança característica da ilha onde nasceu o novo presidente dos Estados Unidos.
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