O ministro da Fazenda Guido Mantega, informou ontem, dia 24, que pediu a estados e municípios que prorroguem por 60 dias a cobrança do Simples, como forma de aliviar a pressão nas empresas em função da crise, segundo a Agência Brasil.
Mantega participa da reunião ministerial na Granja do Torto, onde está sendo traçado um panorama da economia nacional, de modo que todos os presentes possam conhecer a solidez do país e como estímulo a que mantenham os programas de governo em funcionamento.
O ministro fez a apresentação economia, junto com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, nos aspectos financeiro e monetário. A ministra Dilma Rousseff falou sobre as ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e da importância de mantê-las, já que estimulam os setores elétrico, de habitação e de saneamento.
Mantega disse que alertou para o fato de as medidas tomadas na zona do euro e nos Estados Unidos seguraram o “derretimento” dos bancos, mas o crédito não voltou e passou a afetar a economia como um todo.
Segundo ele, isso passou a ter efeito nessas regiões, que a apresentaram queda (recessão)
Ele disse também que o mais importante nisso é que os países estão atentos para não repetir a crise que se seguiu à quebra da Bolsa em 1929 e perdurou nos anos subsequentes. Naquela época, as ações foram isoladas e decidiu-se por um forte protecionismo. “Agora, os países escaldados resolveram agir com políticas anticíclicas”.
Mantega disse que no caso do Brasil o país tem feito o “dever de casa” para enfrentar a crise. Lembrou, por exemplo, que a safra 2008/2009 está preservada, com pequenas perdas em produtos específicos.
“Nosso anticíclico é manter todos os programas em funcionamento. Digamos que a situação no Brasil está sob controle graças às nossas medidas. O governo continuará tomando medidas anticíclicas no sentido de manter o patamar de crescimento em torno de 4% no próximo ano”.
Ele enfatizou que o G20 tem feito grande esforço no sentido de estimular as atividades produtivas, com redução de juros e aumento da atividade econômica. Segundo Mantega, agora não é mais o G7 que toma as decisões e o G20 tem demonstrado condições de sugerir rumos seguros para a economia.
A reunião ministerial foi aberta por volta de 9h40 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e em seguida Mantega e Meirelles fizeram sua apresentação. Em seguida, o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, falou sobre a reunião do G 20, ocorrida no último dia 15, na capital norte-americana, que teve como foco discutir a crise financeira com líderes de economias desenvolvidas e em desenvolvimento.
Essa é a terceira reunião ministerial de 2008 e a primeira em que Lula reúne toda a equipe, desde o início da crise financeira mundial. Também participam dos debates os senadores Roseana Sarney, líder do governo no Congresso, e Romero Jucá, líder do governo no Senado; e o deputado Henrique Fontana, líder do governo na Câmara.
O ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior não participa do encontro, pois cumpre agenda no exterior.
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